segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Espelho D'água

é o título de um filme que se passa no Rio São Francisco. A história é um fotógrafo que está tirando fotos da área para montar um livro.
Acabei de assistir e fiquei com um apertozinho no coração. Resolvi transcrever aqui dois trechos do filme.

"- Eu não consegui sair do rio. Machucado, sem saber aonde eu estava, eu só conseguia pensar em uma coisa: a gnete não tem tempo. A gente passa e a vida fica."

"- Na vida, nesse mundo, tudo fala com a gente. Os pássaros, as árvores, os santos e você precisa aprender a escutar uma vozinha que mora lá dentro pra entender o que tá se passando. às vezes a gente é que nem o rio: se atira no mar, pra ganher o mundo. Dia após dia.
-Abel me disse que as águas do rio são que nem as horas: quando passa nunca mais volta.
-É verdade, mas não é só as águas do rio que passam e nunca mais voltam. Eu já vi tanta coisa na minha vida passar e nunca mais voltar...
-O que vó?
-As vapor, as cheias,..."

Vale a pena assistir.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

A volta para casa

foi um dilema.
Demoramos para querer voltar. Quando decidimos arrumar as malas deu aquele apertozinho do coração, as lembranças na cabeça e a vontade de ficar.
A primeira coisa que dissemos no Rio foi: e agora? para onde vamos?
Estar na estrada é encantador. Ter que procurar um lugar para ir, ou para ficar. Conhecer o que antes era desconhecido, ter sempre um novidade virando a esquina.
Voltar para o Rio é mio assustador. A gente se dá conta de como vivemos numa redoma de vidro. Estamos sempre nos mesmos lugares com as mesmas pessoas e não temos noção so tamanho do Brasil, ou do mundo. Não sabemos quantas pessoas legais existem por aí.
E principalmente como os nossos problemas são pequenos.

Cheguei em casa de surpresa a mamãe tava no quarto arrumando umas coisas e levou um susto. Fomos pra vovó almoçar... ai comida de vó. Depois fui direto pra casa do zé trocar figurinhas das viagens. Lili e Helio (dois dos três amigos paulistas) tavam lá e ficamos conversando um pouco. Voltei pra casa para dormir um pouco.
Eu não tinha noção de como a minha cama é confortável!
Fui encontrar os amigos de são paulo na Farani e encotnrei a Bel e o Vitinhot ambém. Mais figurinhas trocadas, dessa vez internacionais: os dois foram para a Argentina. Ficamos um tempão conversando. Voltei pra casa do Zé e fiquei mostrando as fotos da viagem... contando histórias. Acabou ficando tarde de mais e me encostei por lá.
Sábado fomos para uma festa do Alto da Boa Vista e mais reencontros. Di, Clara, Aline, Cadinho, Ilan... muita saudade de todos.
Ainda falta muita gente para ver mas como ainda tenho duas ou três semanas de férias...=)

Tudo que vi é muito familiar. Mas ainda causam estranhesa. São muitos carros, muitos prédios, muita gente de mais.

Itaúnas - ES

Depois de uma longa viagem e desce-sobe de ônibus, incluindo nuvens negras e uma chuva que deixou a estrada elameada, chegamos à vila de Itaúnas.
A vila é bem pequena mas estava bem cheia devido ao carnaval (chegamos lá segunda-feira de carnaval). Procuramos um camping para nos instalarmos. Mas achamos todos ou muito cheios, ou muito perto do centro, ou muito sem segurança... refletimos que seria complicado acampar numa barraca de 4 pessoas nós 3 mais nossas 3 mochilas. Mas, não tinhamos grana para uma pousada.
Arriscamos e perguntamos o preço de uma. Pechinchando conseguimos por quase metade do preço. Pronto:água quente, cama e espaço por praticamente o mesmo preço do camping.
Nesse primeiro dia, como ainda tava chuvendo e nós com muito sono apenas dormimos.
Na manhã de treça-feira acordamos, tomamos café e... dormimos. É viajar cansa mesmo.
A tarde fomos à praia. Quer dizer, eu e Cecilia né.. o Miguel ficou dormindo mais um pouco.
A praia lá é linda.




Um pouco longe da vila mas dá para ir andando tranquilamente.
Itaúnas é uma reserva florestal. Tem rio, mangue, dunas e praia. O mar é meio esquisito, mexido de mais.
Depois de um tempão conseguimos encontrar o Miguel. Ficamos um pouco mais e voltamos pra vila. A noite saimos mas o forró tava muito caro e não entramos.
Quarta-feira o Miguel teve que ir na cidade vizinha buscar dinheiro enquanto eu e Cecilia dormiamos. Depois fomos todos a praia e decidimos voltar pra casa.
Já estávamos num perrengue de dinheiro (que logo se resolveu) e a proximidade de casa fez a saudade aumentar. Além disso 3 amigos meus de São Paulo tavam no Rio e eu queria vê-los.
Para nos despedir da viagem ficamos horas tirando fotos nas dunas.



Quando decidimos ir embora, deu vontade de ficar. A noite: forró. Muito bom dançar forró embaixo nas estrelas. =)

No dia senguinte foi a correria. aquele trajeto todo de novo: Itaúnas-Conseição da Barra, Conseição da Barra-São Mateus, São Mateus-Rio. Porém, devido a volta do carnaval estava tudo lotado ou com poucas vagas.
O ônibus que conseguimos pegar vinha de Natal e passava no Ponto de Apoio da São Geraldo de São Mateus. Mas ele só passava as 21h, sujeito a atrazo e o maldito ônibus só chegou às 22h. Depois de horas vendo novela no ponto de apoio, pegamos o caminho pro Rio.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Pela estrada afora...

Devido a uma informação errada estamos (quase) enrrolados a caminho de Itaúnas.

Primeira viagem: Salvador - Teixeira de Freitas.
Pra começar a ida para a Rodoviária já foi uma viagem. Nós três resolvemos virar a noite pq o ônibus era as 5:30 na manhã e não valia a pena dormir e acordar essa hora. Principalmente por que era dia de Iemanjá e tava tendo festa.
Então depois de nos depedirmos de Laurinha, Quel, Bruninho, Lua, Mari e Marcos com o coração na mão fomos para a casa arrumar as coisas para a viagem. Cansados depois de tudo pronto resolvemos dar uma deitada, acordar as 4:30 e estaria tudo certo.
Se nós tivessemos acordado na hora. A cecilia acordou a gente as pessas 5:17. Voando pelas ruas até conseguir um taxi (as 5:30) que nos levou para a saída de ônibus onde pegamos o nosso ônibus na porta de saída.
Com toda essa adrenalina demoramos a dormir.
Chegamos em Teixeira de freitas (que Deus sabe por que eu só conseguia chamar de São Felix) de noite já... Achamos melhor dormir por lá mesmo. Comemor um lanche e acordamos hoje cedinho.
Pegamos o ônibus para São Mateus (onde estamos agora), almoçamos aqui.
Agora 1:30 iremos para um outra cidade para de lá pegarmos outro ônibus para Itaúnas.
E da-lhe estrada.

São quase 70 horas de estrada no total. ufa.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Carnaval em Salvador

Quinta-feira de Carnaval e nós em Salvador.
Como não tinhamos abadá nem dinheiro para comprar um lá fomos nós, tentar, ir no bloco da Margareth Menezes, Os mascarados. Nesse bloco não precisa de abadá, é só ir fantasiado.
Eu e Miguel fomos encontrar a Cecilia que já estava lá por perto. Descansamos uma pouco no subway que tinha perto. Resolvemos ir para perto da muvuca. Foi chegando o trio da Ivete e o empurra-empurra. Uns caras começaram a empurrar a gente e nos separamos. O Miguel ficou tentando tomar conta do bolso que tinha o celular e um cara meteu mesmo a mão no bolso dele, mas não levou o celular.
Voltamos pra casa meio assustados ainda. Chegando no prédio a piscina olhou pra gente, e nós pra ela... acabamos caíndo. Depois fizemos um brigadeiro e distraimos a idéia.

Sexta-feira de carnaval saiu o Expresso 2222 que é o trio independente do Gil (isso significa que não tem corda, nem abadá). Ontem eram ele, Lulu Santos e Jorge Ben.
Não queria sair com aquela imagem do carnaval... eu e Mig nos aventuramos de novo.
E o saldo? Super positivo!
Quando chegamos no circuito (Barra-Ondina) tava passando a Ivete. Ficamos parados numa rua vendo o trio dela passar e ela deu tchauzinho pra onde nós estávamos. hahahhaha
Depois corremos atrás do Expresso! Eu e miguel quando conseguimos chegar pulávamos que nem criança de tão empolgados! Espaço para dançar, animado e o Gil comandando um frevo danado de bom. Depois entrou o Lulu e tb a mesma empolgação, Jorge Bem, igual.
O trio quando passava perto das ruas enchia mais e tinha até empurra-empurra mas nada que afetasse a nossa empolgação.
Quando passou na frente do camarote do Expresso o Trio parou. Lá estávam varios artistas entre eles Regina Case, Preta Gil, Cauã Reimon , outros atores que não sabemos os nomes e Caetano. Presencimos um diálogo ótimo, que merece ser reproduzido:
"-Caetano querido ainda não tinha te visto! Todo de rosa que nem a minha guitarra, que nem a guitarra do Jorge Bem..." (Gil naquele mais gostoso sutaque baiano)
"E que nem a minha alma!" (Lulu Santos querendo entrar no jogo)
aaaah! muito bom!
A melhor parte foi quando o trio subiu a ladeira do cristo pq aí tinha só uma galera legal dançando, músicas bacanas... =DDD

Hoje, dia de Iemanjá, vai ter festa no mar. No bairro do Rio Vermelho saem barcos com oferendas e mais tarde vão ter vários shows.
Depois dos show embarcaremos para Itaúnas, Norte do ES.
De lá, se der escreveri de novo. Se não, caros leitores, só no Rio.